Cinzas de Amor
A minh'alma que descanse
Que o tristíssimo romance
Do nosso amor, chegou ao fim
Guardarei o teu retrato
Onde eu leio o insensato
Nunca te esqueças de mim!
Esse amor, como esquecê-lo?
Se ele foi o nosso algoz
Bem fez, o atroz fatalismo
Fez nascer o grande abismo
Que hoje existe entre nós dois
Agora entre nós dois
Mais nada existe
Eu relendo um verso triste
De um poema que te fiz
Eu chorei, tive piedade
Do dilúvio de saudade
Desse amor tão infeliz
Se soubesses, por ventura
Que eu no auge da amargura
Lágrimas tristes derramei
Não lamentes o meu fado
Se assim sou, tão desgraçado
É porque muito te amei
Quis assim a nossa sorte
Não blasfemes, fica em paz
E desse amor que foi tão puro
Pelas cinzas, eu te juro
Não te esqueço, ó nunca mais