Tango Brasileiro
Eu que sou o mais triste dos palhaços
Polichinelo expulso de um bazar
Amo a suave carícia dos teus braços
E sou feliz ouvindo-te cantar
Porque na mesma voz com que me feres
Gorjeiam sabiás e rouxinóis
E é apenas tu que eu amo entre as mulheres
Trouxeste para mim milhões de sóis
Beija-me
Dá-me calor dos beijos teus
Guia-me
És tu a luz dos olhos meus
Ama-me, por um instante com calor
Eu quero ser por um momento
O mandarim do teu amor
Tu és a flor fidalga do meu sonho
Dileta, misteriosa inspiração
Nos versos amorosos que componho
Com frases que me saem do coração
Eu sou a sombra errante da saudade
Palhaço, menestrel e sonhador
Acorrentado à tua mocidade
Escravo dos teus olhos meu amor