Resposta da Marreta 1
Ai foi depois que nós gravemo
Aquela moda da marreta
Eu fui simbora pra Goiás
Eu levei minha cardeneta
No caminho eu fui lendo
E achei o resto da receita
Dois versos que eu não gravei
Ficou guardado na gaveta
Tornei vortá pra São Paulo
Pra cantar moda bem feita
Ai o meu peito é um transmissor
E a minha garganta é estreita
No braço desta viola
Eu não aguento desfeita
E campeão pra me quebrá
Mas só se vim de outro planeta
Ai o dia que eu me arresorvo
Ai que dá na minha veneta
Conforme meu pensamento
Que eu vô no pasto, eu pego a besta
Ai eu ponho meu pé no estrivo
Eu corro taca na palheta
Minha capa é idear
E porta-capa é de vaqueta
Na cabeça do cutiano
Meu facão marca Corneta
Ai distância de poucas braça
Deu tinido da roseta
Eu não tenho medo de nada
Nem do saci nem do capeta
Eu tando no meu destino
Assombração nós não enjeita
Ai este nome de campeão
Ai não é pra quarqué sujeito
Eu gosto de escuitar
A conversa que tem proveito
Repetir palavra e moda
Na minha opinião é defeito
E é uma coisa ignorado
Não podia ser aceito
Eu também não sou muito bão
Mas fazer moda eu me ajeito
Ai na festa que eu chego e canto
Os campeonato passa estreito
Mas não tem que achá ruim
Aqui com nós é deste jeito
Suspendê a viola é bobage
Pra cantá nós temo peito