É MELHOR NÃO REAGIR

DiogoLoko / Thiago Jamelão / Viela 17

Ai ai ai
É melhor não reagir

Todas as cores, seja livre
Mãos ao alto, não revide
Em uma só voz, grite!
Viela 17 no ar, maluco vem pra somar, não seja inútil vem cá!

Da o play e liga o som, os preto ta no ar
Da samamba vem o bom, pro role clarear
Pra quem torcia pelo fracasso isso ta longe de acabar
Calejado no mundão mais com história pra contar
O bagulho é louco nego, e envolvido eu tô
Nesse peão na favela pela viela que eu vou
Os verme aqui já passou, quem deve já circuitou
Salve salve dona branca, a cerva mata o calor
O celular que tocou

(Japão) aí diogo é o Japão
Tô na 24 mais rumo a expansão
Só família sem caô, respeito no proceder
No passado cê chorou, mas hoje só quer viver
O errado, o certo cobrou
É o preço pra se envolver
Depois que o tempo passou, vi muito mosca morrer
A vida me fez assim, loco do gueto

Ensinamento pra mim, as lei do beco
Os irmãozin chinezin, já pronto pro frevo
Isso é viela neguin, humildão daquele jeito
A noite aqui te convida, vários parceiros na pista
Tem uns até que se arrisca e não para de falar
A loucura que conquista, Japão ligou é nós firma
Eu me armei com minhas rima e o rap veio pra cobrar
Diogo louco, prazer, rotulo de MC
Tomei sua mente de assalto e é melhor nem reagir

Todas as cores, seja livre
Mãos ao alto, não revide
E em uma só voz, grite!
Viela 17 no ar, maluco vem pra somar, não seja inútil vem cá!

No meu universo modesto, na vida sou reu confesso
Cantar por fama e cifrão, é o caminho do retrocesso
No espelho não tem mais reflexos, só pensamentos poéticos
Maldade, mundo moderno, lombrado solta esses versos
Que é pra ver, quantos na fauna se acha animal feroz
Alma pura de vilão no mundão pagando de herói
Rap é a voz que segue forte atravessando gerações
Nos tempos do vinil, mil fitas, mil recordações

Na humildade sigo, na babilônia entre milhões
De historias e vícios, poesias e canções
Invejas, mortes e tiros
Algemas e camburões
Cada barraco um grito, mil louco, mil rebeliões
Quantos que eu vi cair, na corrida atrás dos cifrões
Crime podre e sujo, só trouxe desilusões
Ai parceiro tamo junto na corrida até o final
Chega mais ai Japão literatura marginal

Diogo chega junto se prepara
Vem fortão metendo o pé, chutando a porta, assustando o vilão
Comédia falido, cuzão falastrão
Tapa na cara do sistema som de louco ladrão
Pra quem falou demais, aos quatro cantos se borrou
Os preto é foda, viva o bonde forte decolou
Sou forte nacional som de favela natural
Neguin que paga de rabeira, na poeira passa mal

Todas as cores, seja livre
Mãos ao alto, não revide
Em uma só voz, grite!
Viela 17 no ar, maluco vem pra somar, não seja inútil vem cá!

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