Agreste
OZI DOS PALMARES / Xico Bizerra
Fogo no céu, um clarão,
E o meu coração
Despiu-se da roupa agreste
Que veste o sertão:
De asa molhada voltou
Passarinho que arribou
Com medo do sol tão nordeste
Que a terra queimou;
Tempo rezado, valeu,
O céu é um breu,
Vem chuva numa procissão,
Aguar esse chão,
A lua vem seduzir,
De paz colorir
Léguas de amor, emoção,
Luar do sertão;
Vim de longe pra ouvir meu baião,
Coração 'baticum' sem parar,
Vou poder cantar essa canção,
Emoção de rever meu lugar