Caminhão de Pinga
Seu Otacílio Machado com seu caminhão gigante...
Foi fazer uma viagem de Uberaba à Bandeirantes...
Era um Caminhão de pinga para um forte comerciante...
Resolveu sair de noite que a viagem era distante...
O Céu estava nublado tinha chovido bastante...
Relampeava e trovejava ele firmou no volante...
Deu uma chuva muito forte, Mais parou em um instante...
Estrelas no céu brilhavam, como pedras de diamente...
Trinta pipotes de pinga e a carga estava pesada...
Já tinha cortado chão e a noite era avançada...
O Caminhão encalhou no lugar de uma baixada...
Viu que não saia mesmo resolveu pousar na estrada...
Bem antes do amanhecer quatro homens com enxadas...
Iam indo pra lavoura por ali de madrugada...
Chegaram e cumprimentaram e fizeram uma parada...
Todos alegres e contentes, mostraram ser camarada...
Os homens se ofereceram: "Podemos dar uma mão"...
Seu Otacílio aceitou porque era precisão...
NO prazo de meia hora desencalhou o caminhão...
Seu Otacílio Machado cheio de satisfação...
Bateu a mão na carteira pra dar gratificação....
Não aceitaram e disseram: "Vá em frente meu irmão"...
Então vou lhes dar uma pinga, dê-me aqui seu garrafão...
Encheu hum garrafão de pinga e ainda tomaram um canecão...
Cada um deles beberam um canecão reforçado...
Acabaram de beber já sentiram atordoados...
Saíram cambaleando cada qual caiu de um lado...
Ali mesmo eles morreram todos quatro envenenados...
O Pobre do Otacílio foi chamar o Delegado...
Abriram aquele pipote e ficaram abismados...
Um enorme urutu no fundo estava enrolado...
Mais de Ano que esse bicho, Ali foi depositado.