Retrato de Carreiro
Sou um alegre carreiro
E vivo a cantar
O meu carro eu vou carreando
Pras bandas de lá
Os bois vão marcando o compasso
Na canga e nos cascos também
Vai carro e carreiro cantando
No balanço que vai e vem
Roda meu carro, roda
Subindo e descendo o estradão
Faz suas trilhas compridas
Na areia branca do chão
Carreiro que é bom
Não precisa usar o ferrão
Carreiro que é bom
Toca o carro com o coração
Carreiro que é bom não tem pressa
De ir e nem de vortá
De cá pra lá vai cantando
Vem cantando de lá pra cá
Roda meu carro, roda
Subindo e descendo o estradão
Faz suas trilhas compridas
Na areia branca do chão
Quem de longe ouvir o carreiro
Se arreparar bem
Sabe se ele vai indo
Ou se ele vem
Porque o carreiro e o carro
Tem um segredo na voz
Leva alegria pra frente
E deixa saudade pra trás
Roda meu carro, roda
Subindo e descendo o estradão
Faz suas trilhas compridas
Na areia branca do chão