Odisseia Neste Espaço

BULI 2B, M’Cirilo, Né B27

[Refrão]
Mil léguas no caderno
Odisseia neste espaço
Sem tréguas e eterno
Como fraterno este laço

Mil léguas no caderno
Odisseia neste espaço
Sem tréguas e eterno
Como fraterno este laço

[Verso 1: M'Cirilo]
Ganhei o hábito
De amar com robustez
Quem me apoia temos história
Quem me fode era uma vez
Conta-me os teus sonhos
E eu sonharei contigo
Por ventura, está aventura
Até ao fim é um castigo
Dias são momentos
Por isso eu vivo-os como os últimos
Com música dos únicos
Prós únicos e puros
Feitos da mesma pureza
Que a minha sede mata
Vocês são a vitamina
Desde a primeira jornada
E a caminhada?
Dura, tou acostumado a bolhas
Sem desrespeito nas folhas
Faço obras sem os trolhas
Tenho a eterna aprendizagem
De não me entregar á venda
Tiro a venda
E só assim atinjo quem me compreenda
De humildade é feito o Pedro
Exagero no meu Zelo
Tenho tento em cada apelo
Sou real, não tento sê-lo
Antes, durante, e depois
O cuidado é constante
Pois só tenho uma forma
De Amar o semelhante
Não existe Amor
Que resista sem um bom tempero
Nem rancor que nos assista c
Om um Q.B de bom senso
Quando pensei na extinção
Ou na remodelação, via
O rap que me criou
E que eu protejo como cria a
Ser crucificado, violado gramaticalmente
Despertei feliz da mente
E reparei que felizmente
Não sou rico nem demente
Sou só um aventureiro
Que porém
É rico de mente
À pala de ser porreiro

[Verso 2: Buli2B]
Aventureiro
Nessa cultura viajante
Descobrindo novas terras
Como um grande navegante
Atento a todos os riscos
Existentes pelo caminho
Aprendi a voar
Antes de abandonar o ninho
Nem sempre é conto de fadas
Nem final feliz
E só sigo e respeito
Quem respeita a minha raiz
Grato de alargar o traço
Nessa longa história
Já passamos tempestades
Mas vamos rumo a vitoria
Cavaleiro errante
Rap me indicou o destino
Me ensinando cada passo
Desde o tempo de menino
Expedição expandindo
O som por vários cantos
Acrescento então
A união de vários pontos
Na mochila trago memoria
E o equipamento certo
Seja no frio do ártico
Ou no escaldante deserto
Colonizando ideias
Riscando o medo do pensamento
10anos nessa jornada
Ainda parece o advento
Explorando novos mundos
Aprendiz dessa arte
Conhecidos amigos
Que fiz em toda parte
Alpinista determinado
A Qualquer tipo de teste
Com a missão mais complicada
Que escalar o Everest
Segui com os meus manos
O plano mapiado gravando
Cada quilometro das cidades
Que temos passado
Adquirindo experiência
Ao decorrer da leitura
Partilhando experiencia
Nessa eterna aventura

[Verso 3: Né]
Nesta aventura escapei
Só com algumas feridas
Quanto a mim esta cultura
Não tem duvidas tem dívidas
Subi a pé e a pique
Foi tremenda a façanha
Não veio a montanha ate mim
Fui eu ate a montanha
Tamanha a proesa
Em sair ileso
Regressei desarmado
Mudado e indefeso
Cheguei com o meu peso
Honrei no místico
Autocrático
Culto patético
Entrei num espaço
Como uma odisseia
O que aparentava ser um laço
Afinal era teia
Desviei-me resvés
Mais um obstáculo
Sagrado reflexo
Descape ao tentáculo
Dei corda as sapatilhas
Dei couro e cabelo
Conquistei o selo de autêntico
Mas foi preciso sê-lo
Mante-lo, preservá-lo
Prova-lo com feitos
Há quem prefira vendê-lo
E reclamando direitos
De autores dos favores
Que do nada estão a surgir
Disfarçados de esteroides
Que nos querem extinguir
Velha guarda não se verga
Perante meninos
Essa musica de embalar
Não batem os nossos hinos
São como caninos
Submissos mandados
Nós somos tipo felinos
Selvagens e domados
Nessa selva de betão
Há mais macacos do que galhos
Mais paspalhos que espantalhos
Cagam alhos e bugalhos

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