Espírito Leve e Os Dois Pés Presos Ao Chão
Esse sou eu o mesmo cara que andava por ai
Pés descalços, desenhando nas paredes
O instinto me manteve vivo enquanto isso era preciso
Quando o saber não era nem fagulha na escuridão
Esse sou eu em meio à selva que o homem construiu
Sempre correndo tantas vezes sem saber porquê
Mas quando então não basta estar vivo
Saber mais se faz preciso, qual dos dois eu devo ser
Se comigo vai, não me deixa esquecer
De onde vim quando deixo o instinto prevalecer
Sobrepõem qualquer razão, por um momento um segundo uma explosão,
Vejo então, o quando o instinto ainda manda em mim
Com o espírito leve e os dois pés presos ao chão
Busco o equilíbrio entre o animal e o espiritual
Esse sou eu, tentando aprender
Sobre o que sou, sobre o que ainda tento ser
Sobre o que ainda quero ser
No principio, a escuridão e a solidão do selvagem que busca sobreviver
Simples desejos, abrigo, alimentação, instinto de preservação
Ainda não existe razão ou porquê
O que vale é sobreviver, o que importa é sobreviver
O tempo passa e um dia a gente aprende da roda ao fogo
O sentimento se torna presente em estado bruto tudo é novo
O homem que caminha ainda ontem engatinhava
Mas dando um salto de volta para o presente
Quem dera dizer que tudo é diferente
É meio termo dualidade, divisão
Espírito leve com os dois pés no chão
Com o espírito leve e os dois pés presos ao chão
Busco o equilíbrio entre o animal e o espiritual
Esse sou eu, tentando aprender
Sobre o que sou, sobre o que ainda tento ser
Sobre o que ainda quero ser