Coplas Para Um Dia de Chuva

O vento norte trouxe a chuva no cabresto
Chuva batida rolando no chão bagual
Veio pra terra feito uma égua xucra
Que não conhece a serventia do buçal

É num dia assim que se remenda arreios
Se trança cordas num ritual sagrado
E se volta para dentro desse mesmo
Na quietude de um galpão enfumaçado
E se volta para dentro desse mesmo
Na quietude de um galpão enfumaçado

A água vai levando as folhas soltas
Por pequenas corredeiras feito um barco
Os quero-queros gritando em contraponto
A canção da saparia lá no charco

A cerração nos olhos encurta a distância
A mão do vento guitarreia estranhos sons
Não se vê canhadas nem mesmo esses trevais
Que o gado manso vem buscar nos dias bons

Nestas horas se tira tentos das loncas
Não hay nenhum movimento de encilha
Mangos e esporas dormem em ganchos toscos
Dia de folga pra os cavalos da tropilha

Se mateia quieto pra chover pra dentro
Pra encher de paz o açude do coração
É um regalo um dia assim de chuva
Pra quem tem a alma aquerenciada num galpão
É um regalo um dia assim de chuva
Pra quem tem a alma aquerenciada num galpão

A água vai levando as folhas soltas
Por pequenas corredeiras feito um barco
Os quero-queros gritando em contraponto
A canção da saparia lá no charco

A água vai levando as folhas soltas
Por pequenas corredeiras feito um barco
Os quero-queros gritando em contraponto
A canção da saparia lá no charco

Curiosités sur la chanson Coplas Para Um Dia de Chuva de César Oliveira

Quand la chanson “Coplas Para Um Dia de Chuva” a-t-elle été lancée par César Oliveira?
La chanson Coplas Para Um Dia de Chuva a été lancée en 1997, sur l’album “Na Hora do Amargo”.

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