Flor Mor

Ficava a beira da calçada
Todo dia a lhe olhava pela contramão
E o seu pai na tua cola
Coronel desconfiado dessa região
E no aparecer da noite quando eu ia te ver
Há precipitação e vai chover


Mas veja quem vejo lá fora
Quando fecho a minha porta pra me proteger
Molhada de suor e chuva
Que só brilho de uma lua quando quer crescer
Ao seu alcance eu tenho medo de ser visto ou morrer
Me espere no portão que eu vou lhe ver


E Nos seus braços sou o sol, da meia noite
Às escondidas de uma cruz a lhe secar
Toda molhada de amor irei provar
Que o perfume de uma linda flor não dá pra se guardar


Entre as papoulas, onze horas, orquídeas, fugas de rosas são tão naturais
E na biblioteca do campo eu ando tentando lê-las
Agora que você chegou pra dar sentido ao meu jardim
Vem comigo, e me faz feliz


Flor mor, quero mais um beijo seu
Doce como a manga espada do meu quintal
Flor mor, quero mais um beijo seu
Doce como a manga espada do meu quintal


Flor mor, quero mais um beijo seu
Doce como a manga espada do meu quintal
Flor mor, quero mais um beijo seu
Doce como é doce o que vem dos seus lábios


Flor maior, flor mor, flor maior, flor

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