Busto Calado
Vila Isabel vive hoje em silêncio profundo
Não tem mais seresta
Não tem mais sambista
E nem vagabundo
Lá não existe mais roda de samba formada na rua
Não tem mais beleza
Tudo é tristeza nas noites de lua
Hoje quem passa na Vila lembra o seu passado
Porque vê com tristeza
O busto calado, Do saudoso Noel
Que parece dizer:
"Quem, nasce lá na Vila, nem sequer, vacila"
Mas tudo isto, passou
Depois da sua partida
Que foi e é sempre sentida
O teu lugar de sambista
Ninguém ocupou (não, não, não senhor!)
Vila Isabel vive hoje em silêncio profundo
Não tem mais, não, não tem mais é mentira
A gente já tem da Vila
O maior batuqueiro do momento
Meu cumpadre Martinho
"Sá que cê" chegou num momento exato
Pra dar vida a Vila porque tava morrendo
Os sambista, vagabundo, tudo isso tinha acabado meu cumpadre
É por isso que você pra mim é...