Brumado dos Pavões

Cavalo sem rédea, dor não é comédia, não vou ser mais um defunto no banco do SUS
Sou a enciclopédia que descreve a tragédia mas também te mostra como carregar sua própria cruz
A sujeira nas linhas é só um esboço do esgoto, essa é a realidade
Do interior de Minas, te apresentamos Patrocínio: A cidade da falsidade
Os filhos dos filhos dos coronéis dominam a cidade com essa hipocrisia que nos mata
Mesmo aqui não tendo cartéis, querem nos aprisionar nas roças de café e de batata
O gueto sangrando, ninguém tá olhando, quando é preciso ninguém quer olhar pra trás
Já fazem 10 anos de guerra estralando e só agora a mídia veio pedir paz
A trilha sonora foi lapidada no caos e vai desmoronando essa utopia fictícia
Onde o povo tem confiança no governo, que confia na polícia, que haje como milícia
O paraíso da patrícia e do maurício, que tem outra visão e se maqueiam na falácia
Na Vila Constantino eles se cobrem de ouro, mãe solteira no Enéias o gasto é só farmácia
Morreu mais um, só foi mais um. O sistema mata e é com dardos venenosos
Bala dundum, disse Shakur: ""É só mais um negro na mansão dos criminosos""
Mas e a família como fica? sozinha na fita? Tinha esposa, também três filhos
Lutando na selva, cria dos minérios, assumindo o risco, cisco nos cilhos

Tem que seguir nos trilhos, esqueça os empecilhos senão eles te derrubam da linha pra sempre
O trem bala para, bala voa tão rápido que sai no passado e atinge o presente
De olhos vermelhos a amarelados, da doença pode vir a cura
Não temos tempo pra perder em linha do tempo, a vida não admite ""linha burra""
Levanta a bandeira ""Desordem e Regresso"", levanta a poeira que esconde o sucesso
Querem dar rasteira, eu sou capoeira, onde ceis paga meia eu vendo o ingresso
Entendeu a diferença né boy, ou quer que eu desenhe?
Existem alguns motivos pra não gostar de vocês pois o nosso povo morre pra você noiar o Supreme
Quando me vê treme, roubei o seu espaço, posso fumar dinheiro porque hoje eu tenho um maço
Pode ficar ligeiro, se te trombo eu te amasso, tipo uma lata Kaiser, alumínio eu sento o aço
Não quero suas sobras, hoje nóis come na mesa que algum dia foi deixada por um tipo de Marquesa
Ou alguém da realeza, pra poder provar que não existe só um tipo de riqueza
Brota na pureza, esse é o código do cofre, em um mundo onde ninguém sofre
A vida é uma incerteza, a doença chamada ""ser pobre"", cura? Nem na Drogaria Onofre
Não existe união entre classe social, racial e nenhuma outra classe
Essa é a nossa extinção, seres racionais que não passaram nem da primeira fase.

Chansons les plus populaires [artist_preposition] Fantasma

Autres artistes de Death metal