A Vigília
Então o reino dos céus
Será semelhante as dez virgens
E tomando as suas lâmpadas
Saíram ao encontro do esposo
E tardando o esposo
Tosquenejaram todas e adormeceram
Mas a meia-noite
Ouve-se um clamor, eis que o noivo vem
Preparadas estão as nossas lamparinas
O azeite não pode faltar, aceso o pavio tem que estar
Aguardando o esposo que a qualquer momento chegará
Lá na excelsa glória coroado está
De justiça e poder, à destra de Deus está
Esperando dizer: Vai meu filho, vai!
Resplandecente de glória, Cristo está à destra do pai
Ele virá brevemente a sua noiva buscar
Pode ser ao meio-dia ou quando a noite chegar
Ou na primeira vigília ou mesmo de madrugada
Ouve-se um clamor, eis que o noivo vem
Preparadas estão as nossas lamparinas
O azeite não pode faltar, aceso o pavio tem que estar
Aguardando o esposo que a qualquer momento chegará
Eis que ele vem na primeira hora
Ou quem sabe no entardecer
Até mesmo quando vir anoitecer
Ouve-se um clamor, eis que o noivo vem
Preparadas estão as nossas lamparinas
O azeite não pode faltar, aceso o pavio tem que estar
Aguardando o esposo que a qualquer momento chegará
Preparai vossas vestes, veja se não tem mancha
Pois o noivo é fiel, sua vinda é a nossa esperança
Verifique também o seu véus, se está mais branco que a neve
Pois o noivo é santo e santidade ele pede
Humildade, prudência, mansidão e pureza
Pois o noivo é sincero e voltará com certeza
Para o nobre evento, que se dará o casamento
Ouve-se um clamor, eis que o noivo vem
Lamparinas acesas e os vasos transbordando
Ele não avisou, porém como um ladrão chegou
Quem estava atendo ouviu-se o grito
Eis o noivo e nas bodas entrou
Quem tinha aceso o pavio
Ao encontro do noivo subiu
Porém quem ficou lamentou
Mas quem partiu, partiu!