É Sublime a Caridade
É sublime a caridade
Não suspeita, não faz mal
Não desliza da verdade
É de origem divinal
Não se iguala mesmo ao ouro
Mais preciosa é que um tesouro
É bondosa a caridade
Não quer ver o irmão sofrer
Serve-o sempre em humildade
Ao faminto dá comer
Vê o enfermo e pobre preso
Toma a causa do indefeso
É sincera a caridade
A ninguém quer iludir
Trata com honestidade
Nunca poderá mentir
Nem ampara a vil intriga
Da verdade faz-se amiga
É constante a caridade
Não se cansa de sofrer
Crê que falas a verdade
Quer aos fracos socorrer
Trata a todos com paciência
Dispensando-lhes clemência
Ainda cobre mil defeitos
Do pecado a multidão
É virtude dos eleitos
Dá, benigna, o seu perdão
Ao sofrer do irmão fraqueza
Provas mostra de grandeza
Não tem fim a caridade
As ciências cessarão
Esperança, fé, bondade
Estas permanecerão
Mas maior é, na verdade
A sublime caridade