Cuidado, Amigo
Ele não quis escutar deixou a casa
E para o mundo partiu
Achava-se o tal, com o bolso cheio queria
De tudo deste mundo desfrutar
Obcecado pelo pecado nem sentia arrependimento
As farras, noitadas e a orgia
Isso era tudo o que lhe interessava
Vazão à carne era o que importava
Achava-se o máximo, a voz da razão
Cuidado, amigo, com a semente a se plantar
Muito ou pouco vai crescer
Mas conforme sua espécie
Na carne, no mundo e no pecado, só há sofrimento
É só luta e tormento para quem o mal não aborrece
Quem no pecado está os olhos não consegue abrir
Não enxerga o perigo, pois se acha sempre o melhor
Para ele, o que interessava são os prazeres
Experimenta de tudo sem limites e sempre muito mais
O filho pródigo nem de longe conseguia perceber
Que os bens acabavam e, breve, começaria o caos
Um dia, porém, veio a enxergar a triste e cruel realidade
Os amigos se foram em busca de outros amigos enganados
As portas que antes eram abertas, agora todas se fechavam
“Me ajudem, sim, eu faço qualquer coisa”
Por piedade, alguém lhe permitiu os porcos alimentar
Se sua história é bem parecida, o Pai também o espera
Volte correndo, você vai comer
O melhor que o Pai tem pra oferecer
Tudo está pronto, tem bezerro e muita alegria
Seus pés serão calçados com autoridade sobre o mal
Um anel o distinguirá como membro da família real
Ele prometeu e vai lhe dar dignidade celestial