Parei na Contramão
Vinha voando no meu carro quando vi pela frente
Na beira da calçada um broto displicente
Joguei o pisca-pisca para a esquerda e entrei
A velocidade que eu vinha, não sei
Pisei no freio obedecendo ao coração
E parei., parei na contramão
O broto displicente nem sequer me olhou
Insisti na buzina, mas não funcionou
Segue o broto seu caminho sem me ligar
Pensei por um momento que ela fosse parar
Arranquei à toda e sem querer avancei o sinal
O guarda apitou
O guarda muito vivo de longe me acenava
E pela cara dele eu vi que não gostava
Falei que foi cupido que me atrapalhou
Mas minha carteira pro xadrez levou
Acho que este guarda nunca se apaixonou
Pois minha carteira o malvado levou
Quando me livrei do guarda, o broto não vi
Mas sei que algum dia ela vai voltar
E a buzina desta vez eu sei que vai funcionar