O Paciente: Cárcere
Alguém que seja o dobro do que sou, me diga
Existe forma de retomar a esperança?
Respostas acabam com minha confiança
Preciosismo pela minha estirpe
Em cada mordida do futuro sinto o amargo
Na valsa com a vida, erro todos os passos
Com o olhar clemente, me vejo ajoelhado
Nossos corpos se esvaem em meio à multidão
De corpos despedaçados em meio à ilusão
Vendo o tempo que passou e estar por vir
Memórias que vivem em nós sem existir
Das lembranças do que não senti
Da vivência de um fato imaginário
Pois viver do talvez é viver em mundos paralelos
Procuro uma saída para todas as fraquezas
Procuro a eternidade em meio à delicadeza
Procuro a lança que atinge o meu ser
Perfura o mal e me renova
E me renova
Pois é chegada a hora, a hora da partida
Eu para a morte, vós para a vida
Se minhas loucuras tivessem explicação
Seriam loucuras jogadas em vão
Pois é chegada a hora, a hora da partida
Eu para a morte
Eu para a morte