Puxirum da Juventude da Amazônia
Do espelho das águas sagradas ecoa o nosso cantar
Com nossos tambores e cuias, no compasso da cadencia, do nosso remar;
Juventudes da imensa Amazônia, nas águas todos somos irmãos
Trazemos no peito a esperança, unidos em Cristo, num só coração.
Remamos contra as correntezas, como as piracemas nos rios
Com dinamismo e coragem, renovar a vida e vencer desafios.
Rema ligeiro, remador, traz as canoas da paz, as cuias do amor
Vamos fazer Missão Jovem,no chão da Amazônia , fazer puxirum (bis)
No grande paneiro da vida, com talas, tramas, corações
Tecemos nossa caminhada. De braços unidos vencemos os dragões.
Zoam ao som destas matas, clamores e 'ais' juvenil
São filhos sedentos de vida, sua dor, e seu grito ninguém os ouviu
Pés firmes, marchamos cantando. Se ergam as palmas das mãos
Contra o extermínio da vida; que derramam sonhos, manchados no chão!
Pejoteiros somos desta terra, nas praças, nas ruas e rios
Nas várzeas e nas terras firmes semeando o Evangelho, fazendo plantios.
Na liturgia das matas, fonte de vida e de luz,
A nossa fé Celebramos, no rio da esperança com o jovem Jesus.
Maria jovem Mãe cabocla, companheira em nossa jornada
Nos banzeiros da vida impetrai-nos coragem, santa mãe amada.
Sou índio, afro descendente, nordestino, sou do beiradão;
Sou jovem agroextrativista, filho de colonos, posseiro do chão,
Sou mito, sou conto, sou lenda, ribeirinho, migrante, rural
Sou o eco das sapopembas, denunciando as forças da morte, do mal;
Sou fé, sou amor, sou ternura; sou sonho, alegria e paixão
Sou festa, também estou na luta; sou força; sou jovem real, sou irmão.