Beira da Avenida

[Refrão]
Cada posto de avenida é um deserto sem água
Lotado de anti-herói e metralhadoras de mágoa

[Verso 1: Flow MC]
Não se abala não nóiz embala jão o sub estrala o porta mala
Grave fala altão , voz mó pala então moto batendo bengala
Tamo extinção pique coala, os menino que não se arrasta
Tamborzão de MPC balança as placa entusiasta
De mulher a terra é vasta, de casada nóiz se afasta
Funk elas gosta e os leque gasta agilidade de ginasta
Flex no fluxo no lixo mó luxo
Bafinho é o cartuxo que dispara os bruxo
Só eu que não puxo quero logo um vinho
Elas vem de mansinho, vários negocinho
E nesse caminho eu não tô sozinho bolado com os anti-herói
E essas peça no jogo não é de brinquedo da Tectoy
No aquecimento os menor destrói, oiá só a cara do boy
É pilacagem que te dói ao lado a loja da Leroy
Pode filma Boris Casoy, no racha se racha o coco
Decifra a frase no capa da rapa que ser loko é poko
Se entoca no posto, beira d avenida e já se inicia o esquenta
Se mosca no rosto se sabe na vida nem tudo é o que aparenta
Tamo ai no mundão, sem caça emoção
Alguns quer sensação, elas locomoção
Sente fixação no olhar dos vilão
Avesso do que você prega negão
O ritmo é vila que nunca oscila
E nessa batida nóiz chama a tequila
Camisa da Billa, é pique o J. Dilla
Ascendo no clima que essa é da pila

[Refrão]

[Verso 2: Marcello Gugu]
Daqui lajes e telhados são quase iguais a coberturas
Pois tocar o céu nunca teve haver com altura
Uns vem pela cura, uns tão pela praga
Trazendo palavras secas em verdades vagas
Funções são pandoras, cordéis de lampião
É como se o jardim do éden criasse monstros no porão
De coração frio russo tá eu e os bons vivã
Camuflando rancor em sorriso de marzipã
Entre damas da noite e dentes de leão
Vinho bordo em copo plástico entorpece depressão
Lugar onde ambição é sentimento nobre
E faz pecadores ricos odiarem santos pobres
Pelo chão, garrafas de aguardente
Som alto pra que os amigos no céu possam festejar com a gente
Pecado cintila em privação do sono
O posto é o lar dos bravos, onde reis morrem sem trono
Na sombra a solidão te envolve
Inflama suspiro oco em coquetel molotov
A noite o mundo move casórios de madrugada
E o dia joga arroz em nóiz, pois casamos com a estrada
Bagunça organizada ao som do tambor
Música obscena na forma de louvor
E se por algum fator, nos negarem o céu
A gente encontra o paraíso em camas de motel

[Refrão]

Curiosités sur la chanson Beira da Avenida de Marcello Gugu

Quand la chanson “Beira da Avenida” a-t-elle été lancée par Marcello Gugu?
La chanson Beira da Avenida a été lancée en 2013, sur l’album “Até Que Enfim, Gugu!”.

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