Taos Hum
Rodrigo Martins
Estou com medo.
Ainda tenho a sorte aqui.
Todos me olham,
ninguém me enxerga.
Atento eu estou.
Perdido no deserto.
Motor a diesel
Quase estou cego.
Olho ao meu espelho,
Ele se quebra.
Não sei aonde estou,
Só sei onde ficou.
Todas as sirenes,
Vão procurar por mim,
Os microfones, "agudo",
Não me capturam.
Não mais resido,
Em nenhuma rua,
Dês de Pompéia,
Há Notridame ,
Qualquer sonho
que me difame
Aquela estupidez
Que me excita
Ou a maciez
que crucifica
mais que infame!
mais que freguês!