se de mim precisarem
Passam os dias, contam-se as horas
O tempo a arrastar e eu a procrastinar
Levo o peso de não fazer
Mas que leve e doce o sabor do prazer
Sem obrigação dar descanso ao pulmão
Sem resignação dar asas à imaginação
Sem explicação, surdo a qualquer contrição
Vidas alheias cheias de apuros
Muros e barreiras, longos infortuitos
Prefiro abrandar e sentir outro ritmo
Deixo a chuva passar e o solstício chegar
Sem complicação eu encontro a solução
Sem precipitação descubro a melhor decisão
Com determinação surdo à força da pressão
Se de mim precisarem já estarei bem longe
Correntes a levar-me no balançar das ondas
No devaneio mora a noção e a
Inspiração para desatar a trama
Não me condenes se o meu caminho
Não se cruza com o teu
Nem tem o mesmo destino
Sem complicação eu encontro a solução
Sem precipitação descubro a melhor decisão
Com determinação surdo à força da pressão
Se de mim precisarem já estarei bem longe
Correntes a levar-me
No balançar das, no balançar das
No balançar das ondas