Antenas
Odalea Souza Moraes Oliveira
Vejo de longe dois pássaros
Que sempre pousam aqui
Três horas da tarde
Quando o sol arde
Lembro da praia
E gente da mesma laia de dentes abertos
A solidão das antenas nos telhas de manhã
É de doer é de doer
É de doer é de doer
É de doer qualquer frequência
Daqui da torre o mar é a cidade
E o som das das ondas são carros que passam
Todos dormindo
Muito sonhando
Eu sou o canto do galo do anhagabú
Uhuuuu, uhuuu, uhuuuu
Cucurucú
Uhhhhh, uhhhhhh, uhhhh
Curucurú
A solidão das antenas nos telhas de manhã
É de doer é de doer
É de doer é de doer
É de doer qualquer frequência