Viva
Soltei correntes que me prendiam ao passado
Decepei serpentes que me querem malfadado
O brilho é único, toco almas com palavras
Em versos das minhas mágoas derramo lágrimas
Nu e cru à tua frente, palco onde me dispo
Corda bamba sem rede, desde sempre arrisco
Habituado a dar o máximo, espremo a essência
Fado forjado nas lutas da sobrevivência
Que fique quem vibrar na minha frequência
O resto que desapareça da minha existência
Não é prepotência é uma questão de sanidade
Ego escravo da consciência é maturidade
Não tenho tempo a perder, a areia escoa rápido
Tanto a manifestar, cada ideia mantém-me ávido
Impávido e sereno no meio do turbilhão
Relaxado e sem medo valho mais que um milhão
Viva, é a vida
Só eu posso vivê-la
Não há saída, não há estrada paralela
A vida é bela, vê as cores da minha tela
Olha nos meus olhos, é alma numa janela
Cheguei ao meio da vida, já não perco tempo
Viagem curta, um ápice, um momento
Daqui para a frente cada tique-taque é ouro
A mente é pura, o coração é o meu tesouro
Tenho orgulho no homem em que me tornei
E digo isto na boa porque sei quem sou
Já andei à toa até que me encontrei
A verdade entoa no túnel de quem acordou
Defino prioridades, o mais importante primeiro
Sincronicidades, atento ao mensageiro
Respeito pelo próximo está sempre no meu código
A luz é o meu negócio não colaboro com ódio
O doce olhar da Amélia é a janela para o amor
Se eu for, vou em paz ela sabe o meu valor
Estou vivo, ecoo na voz de mais de mil homens
Sou eterno no sorriso de mais de mil mães
Viva, é a vida
Só eu posso vivê-la
Não há saída, não há estrada paralela
A vida é bela, vê as cores da minha tela
Olha nos meus olhos, é alma numa janela