A Moça e o Povo
Havia a moça na tarde
De besta me comovia
Tão linda com seu cachorro
E a noite mordia o dia
E a violenta Ipanema
Atropelando o poema
Que nunca mais eu faria
Ai a solidão das capitais
É um não vou, não vens, não vais
Ela me olhava e não me via
E havia o povo na tarde
De besta se iludia
A moça, o povo, a cidade
Realidade tão fria
E a violência da cena
Atropelando o poema
Que nunca mais eu faria
Ai a solidão das capitais
É um não vou, não vens, não vais
Meu povo não, não se entendia