A Prosa Impúrpura do Caiacó / Asa Branca [Ao Vivo]
É com muita felicidade
Que eu chamo
Assim, uma seguidora direta
Da linhagem de Luiz Gonzaga
Jackson do Pandeiro
Marinez e sua gente
Sem ela
Nós não estaríamos aqui
Porque a música nordestina
Seria outra coisa
Elba Ramalho
Ah Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer
Ah Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer
É com, é sem
Milhão e vintém
Pé de xique-xique, pé de flor
Relabucho, velório
Videogame oratório
High-cult simplório
Amor sem fim, desamor
Ah Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer
Sexo no-iê
Oxente, oh shit
Cego Aderaldo olhando pra mim
Moonwalkman
Sexo no-iê
Oxente, oh shit
Cego Aderaldo olhando pra mim
Moonwalkman
Ah Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer
Ah Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer
Quando olhei a terra ardendo
Igual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação?
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortá pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortá pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração