Zé Pereira
É sexta-feira, lá vai Zé Pereira,
Descendo a ladeira:
Todo engomado, terno de linho,
Camisa de seda, chapéu quebrado.
Malandro “da antiga”, de alta linhagem,
Elegância perfeita
Considerado versador de primeira
No samba de partido-alto.
Rei da madrugada, barão das cabrochas,
Mantém o bom gosto,
Aposentou a navalha,
Não tem mais problemas com a chefatura
É filho de “Ogum”, tem o corpo fechado!
A gafieira é o destino traçado.
Lá vai Zé Pereira, como todo o respeito,
Hoje um relicário.