Se Essa Arma Fosse Minha
Ah se eu tivesse um revolver, ha se eu tivesse
Vei eu seria um assaltante 157
Tipo daqueles que não teme a policia
Pode ser caça mais nunca na mira
Vei os meus amigos iriam se orgulhar de mim
Lá na favela sou mais um estopim
Tipo assim, pavio curto fabrica do luto
Raciocínio bruto da maldade um fruto
Que deus plantou aqui a semente e pá
Pensamento inocente pro homem semear
Mais nesse solo infértil tipo um cemitério
Onde a vida vale muito menos que um tênis velho
Armas pistolas automáticas, bebidas
Quem diria, um amigo meu armado em cada esquina
Crescer com tudo isso, ser honesto é difícil
Um cristão esquecido sofrido como um bicho
Nem pensar isso ai ta complicado
Prefiro gti ilegal pro estado
Uma use kamikaze de pente carregado
Vei se eu andasse aramado seria tudo bem mais facil
Refrão
Uma pequena cinta é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Um enquadro no asfalto é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Um assalto a banco é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Uma casa pra familia é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Deus te dá a paz mais o diabo te oferece
Dinheiro, um sorriso embriagado e uma entratec
Carro do ano é só entra num banco
Gritando, escalando, xingando e apavorando
Se tudo tão fácil depois da mente atrofiada
Dai só curtição, maconha e cerveja gelada
No bolço só madeira de 50 de 100
Que da pedra, da pasta, do pó aqui tem também
Ia tirar a maior xifra na quebrada
Uma jaqueta da ciclone, na cinta uma quadrada
Mais que nada, ha, o que minha mãe ia pensar de mim
Quase morreu pra me criar e me ver assim
Uma ameaça pra sociedade massa
Que não pensa e nem disfarça passa a píer da desgraça
Só em pensar da calafrio
Não acredito que tudo isso iria acontecer comigo
Pra ser bandido a vida de torna um desafio
Perigo, sangue, presidio, policia, tiro é o bicho
Eu ja tentei raciocinar e não consigo
Pois um revolver, vei, é tudo o que eu preciso
Refrão
Uma pequena cinta é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Um enquadro no asfalto é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Um assalto a banco é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Uma casa pra família é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Nem dá pra imaginar um muleque do subúrbio e pá
Vindo pra lá e pra cá vivendo sem se preocupar
De bermuda e chinela, descendo na viela
Pra bater uma pelada apos da escola só naquela
Futuro garantido bem longe dos bandidos
Será um homem honesto, abençoado e bem sucedido
Quem disse isso amigo, quem disse isso
Um pobre fica rico, há, quem disse isso
Sustente a carne, resisto ao amargo do fel
Mais tarde lá no céu sem tirar o doce do mel
O destino é severo, a vida é turismo
Mais o senhor é justo, ai parceiro saiba disso
Quem não quer ter uma vida normal
Ver a família feliz, as crianças no quintal
E no final de semana, ir pro parque, sei lá
Pra ficar longe do crime, do cheiro dos gambá
Eu também acho complicado isso ai
Mais só existe dois caminhos pra você seguir
Um é estreito, difícil e complicado (estará salvo)
O outro é larga onde tudo é bem mais fácil
Refrão
Uma pequena cinta é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Um enquadro no asfalto é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Um assalto a banco é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157
Uma casa pra família é o sonho do muleque
Da periferia é ser 157